Em meio à calamidade provocada pela cheia e à declaração de emergência financeira, a Prefeitura de Borba (AM) autorizou o pagamento de R$ 4,5 milhões à gráfica Visão Print, pertencente a um ex-candidato a vereador de Rio Preto da Eva, para serviços de limpeza de poços — atividade completamente alheia ao escopo original da empresa, que tem capital social de apenas R$ 800 mil.
O contrato, disponível no Diário Oficial dos Municípios do Estado do Amazonas de segunda-feira (28/04/25), chamou atenção pela incompatibilidade entre o serviço contratado e a natureza da empresa, além de não especificar a quantidade de poços e nem a real necessidade da contratação. Trata-se de mais um episódio que evidencia um padrão de gestão já conhecido dos borbenses: contratos milionários com empresas ligadas a aliados políticos.
Durante a gestão do ex-prefeito Simão Peixoto, o Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM) suspendeu contratos de até R$ 10 milhões por suspeita de superfaturamento e ausência de concorrência pública, além de denúncias envolvendo R$ 8 milhões em combustíveis durante período eleitoral — o que gerou investigações sobre abuso de poder econômico.
A contratação atual repete o mesmo enredo: valores desproporcionais, ausência de licitação ampla, empresa inadequada e beneficiário com ligação política. É o tipo de prática que desafia o povo de Borba, que sofre com a falta de infraestrutura, saúde precária e assistência durante crises.
Cidadão, denuncie!
É dever do povo fiscalizar. Se você considera esse contrato suspeito, pode denunciar de forma anônima:
TCE-AM: https://www.tce.am.gov.br/ouvidoria/
MP-AM: https://www.mpam.mp.br/atendimento-ao-cidadao/ouvidoria
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