No dia 11 de fevereiro de 2025, moradores do Conjunto João Paulo, na zona leste de Manaus, realizaram um protesto contra as ações da Polícia Militar, denunciando invasões ilegais de residências, abordagens violentas e até extorsão por parte de agentes da corporação.
Segundo relatos de moradores, policiais estão invadindo casas sem mandado de prisão ou busca e apreensão, contrariando a legislação vigente. Além disso, há denúncias de abordagens humilhantes e apreensão indevida de pertences e dinheiro de cidadãos, aumentando o clima de insegurança na comunidade.
Casos ainda mais graves foram mencionados durante a manifestação, como o assassinato de inocentes que, para encobrir erros, foram posteriormente incriminados com drogas ou armas falsas. Essas práticas fazem parte de um histórico preocupante, no qual agentes da segurança pública estariam agindo de forma miliciana, desrespeitando os princípios constitucionais que regem a Polícia Militar.
O Papel da Polícia Militar e a Realidade Atual
Constitucionalmente, a Polícia Militar tem a função de manter a ordem pública e proteger o cidadão, atuando como um dos pilares da segurança nacional. No entanto, a crescente infiltração de facções criminosas na instituição tem gerado um cenário de guerra fria interna, onde grupos rivais disputam poder dentro da própria corporação. O reflexo dessa crise atinge diretamente a população, tornando a segurança pública um desafio ainda maior.
A falta de controle, punição adequada e fiscalização rigorosa desses abusos faz com que a desmoralização da PM seja sentida em todo o país. Casos como os relatados no protesto do Conjunto João Paulo reforçam a necessidade urgente de reformas estruturais na corporação, garantindo que a Polícia Militar cumpra seu verdadeiro papel: servir e proteger a sociedade, e não oprimir.