Na manhã desta terça-feira, o único hospital de urgência e emergência de Iranduba foi palco de mais uma cena de descaso com a população. Uma mãe (Larissa Cavalcante), aflita com a situação de seu bebê que apresentava dificuldades para respirar, foi surpreendida com a negativa de atendimento médico simplesmente por não saber o peso exato de seu filho.
A situação, narrada pela própria mãe em entrevista exclusiva ao Portal Curupira (ouça o áudio completo no vídeo anterior), revela uma preocupante falta de empatia da funcionária que a atendeu, supostamente uma enfermeira de nome Paula. Segundo o relato, a profissional teria afirmado que “sem saber o peso do bebê, não poderia encaminhar o atendimento, pois o hospital não tem balança para esse tipo de paciente”.
Ainda segundo a mãe, a funcionária questionou, de forma rude, por que ela não havia pesado o bebê na Unidade Básica de Saúde antes de procurar o hospital. O ápice da frieza veio quando a mãe foi convidada a se retirar da unidade hospitalar, mesmo com seu filho demonstrando sinais evidentes de dificuldade respiratória.
Essa atitude levanta um questionamento: de que adianta termos um prédio reformado se não há o mínimo de sensibilidade humana e equipamentos básicos como uma balança infantil funcionando?
Reforma do Hospital: promessa ou ilusão?
O caso expõe o fosso entre a propaganda institucional e a realidade enfrentada por quem precisa do sistema público de saúde em Iranduba. A prometida reforma do Hospital Municipal Hilda Freire (conhecido como Dona Cabocla), anunciada com pompa pelo prefeito Augusto Ferraz e sua esposa, a atual secretária de saúde do município, ainda não saiu do papel de forma efetiva.
E a população já está cansada de esperar. Escolas em reforma há mais de um ano, UBSs quase fazendo aniversário sem conclusão, e agora, um hospital que recusa atendimento por falta de balança?
Escândalos e silêncio
Além do abandono estrutural e humano, pairam sobre a gestão Ferraz escândalos de enriquecimento ilícito e desvio de recursos públicos, como os milhões pagos a um único posto de combustível e o caso do vice-prefeito Robson Adriel, que viu seu patrimônio pessoal saltar de R$ 170 mil para valores estratosféricos — sendo apenas sua casa avaliada em R$ 300 mil atualmente.
Se antes os profissionais da saúde usavam greves como forma de protesto por salários atrasados, qual será a explicação agora para tamanha falta de empatia e de estrutura básica?
E a pergunta que não quer calar:
De quem é a culpa quando o último recurso de uma mãe desesperada fecha as portas para seu filho?
Realizamos essa entrevista hoje, com a mãe do bebê, às 13:17h e às 16:32h a mesma entrou em contato apavorada pois tinha acabado de receber uma intimação pois a tal funcionária havia prestado queixa na delegacia. Ouça o áudio:
No último Domingo, comemorou-se o dia das mães. Imagine o desespero e o estado emocional dessa mãe em ter o atendimento médico negado sem ter condições de buscar ajuda em Manaus e tendo que improvisar inalação para seu filho em casa, quando há alguns meses atrás, a prefeitura de Iranduba equipou a Secretaria de Assistência Social com 3 novos veiculos e nem precisava deles, bastava o atendimento ter sido realizado. Nota-se que a lei do silêncio impera no município. Há um esforço em divulgar uma imagem de que as coisas estão bem com tentativas de intimidação para silenciar quem ousa denunciar o que está errado (só que desta vez em outro escalão).
Enquanto tudo isso acontece sem definição concreta de soluções, percebe-se uma certa atividade em Manaus daqueles que deveriam ser ativos em Iranduba.
Diante de tanto descaso e das imagens acima, podemos imaginar que talvez Ferraz esteja se preparando para fazer o caminho de volta a Deputado, Governo do Estado ou até mesmo esteja preparando terreno para lançar sua esposa a algum cargo eletivo. Esse questionamento vem do fato de inúmeros gestores que antes da mesma, não conseguiram sequer a promessa de reformar o Hospital Hilda Freire.
Então, questiona-se:
- A mesma conseguiu ao menos a promessa apenas pelo simples fato de ser esposa do prefeito?
- Porque as mídias que divulgam essa promessa de reforma enaltecem ela de forma exagerada?
Ao que parece, Iranduba está sendo utilizado como trampolim político para alguns que em detrimento da qualidade de vida de toda uma comunidade estão se beneficiando com suas mazelas.
O que você acha disso?
Comente abaixo e compartilhe esta matéria com seus amigos, para que mais pessoas saibam o que está acontecendo no hospital onde deveria estar a esperança — e não a porta fechada — de tantas famílias em Iranduba.
Clique aqui e confira o desfecho desse caso lamentável!
—
Palavras-chave:
atendimento negado, hospital de Iranduba, bebê com dificuldade respiratória, enfermeira Paula, negligência médica, reforma hospital Dona Cabocla, gestão Augusto Ferraz, saúde pública Iranduba, escândalo vice-prefeito, corrupção em Iranduba, maternidade Iranduba, denúncia Portal Curupira
