A recente ocupação da SEDUC no Pará por indígenas de 22 etnias trouxe à tona a luta pela educação tradicional em territórios indígenas. Os manifestantes denunciam que a nova legislação estadual pode comprometer programas presenciais como o SOMEI, essenciais para a formação dos jovens em suas comunidades. O protesto ocorre em meio à preparação para a COP30, levantando questionamentos sobre as políticas públicas voltadas às populações originárias.
As lideranças indígenas afirmam que a substituição do ensino presencial pelo ensino a distância desconsidera a realidade local, onde muitas aldeias não possuem acesso adequado à internet e energia elétrica. Além disso, reivindicam maior participação nos debates sobre a educação indígena.
Diante da pressão, a Justiça Federal revogou a ordem de desocupação parcial da SEDUC, reconhecendo a legitimidade da manifestação. O episódio reforça a necessidade de um diálogo verdadeiro entre autoridades e povos indígenas para garantir uma educação que respeite suas tradições e direitos.
