O uso da Inteligência Artificial nas salas de aula representa uma das mudanças mais impactantes na educação atual. Pesquisas apontam que essas ferramentas podem personalizar o aprendizado e ampliar o acesso a recursos pedagógicos. Com a chegada da IA, o professor deixa de ser apenas um transmissor de conteúdo e passa a atuar como mediador e curador de conhecimentos.

A tecnologia amplia as possibilidades de aprender, mas também traz desafios, como usar de forma consciente e criativa no desenvolvimento de competências e habilidades, como destaca a pedagoga Selma Brito, diretora pedagógica em uma escola particular de Salvador.
“Então, aquele modelo de sala de aula em que o professor fala e o aluno ouve, não tem espaço. E aí, o estudante, para ele ser protagonista, ele se apresentar, as perguntas são, justamente, né, o o melhor trunfo do aluno é saber fazer pergunta. Imagine numa sala de aula onde só o professor fala e o aluno escuta, quando é que ele vai aprender a fazer perguntas?”, explica.
Para a educadora, o desafio é fazer dessa tecnologia um recurso que estimule o pensamento crítico e não limite a autonomia dos alunos. O papel do professor é fundamental para ajudar o estudante a usar a tecnologia de maneira ética, responsável e produtiva.
“Aceitando tudo o que vem de lá e não sabendo conduzir a inteligência, não vamos ter o melhor dessa tecnologia. Então, o melhor dessa tecnologia nós alcançaremos se nós prepararmos os meninos com uma potência crítica suficiente, e se não vier a resposta, ele duvidar, ele pesquisar a fundo, e quem vai dar a possibilidade de você colher melhores frutos com ela é o seu domínio sobre aquilo que você vai pesquisar, e a sua capacidade crítica de identificar onde que pode estar os desvios conceituais, procedimentais daquela pesquisa.”, fala.
O Ministério da Educação abriu uma consulta pública para definir diretrizes sobre o uso responsável da Inteligência Artificial na educação. A ideia é ouvir especialistas e a sociedade civil sobre como preparar professores e estudantes para essa nova etapa do conhecimento. Na prática, o que se vê é uma escola em constante reinvenção. Nesse contexto, a tecnologia oferece suporte, mas não substitui o vínculo humano e nem o olhar atento do educador.
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