Nos bastidores da política irandubense, a cassação de vereadores por fraude à cota de gênero (Processo nº 0600575-28.2024.6.04.0056) deixou um rastro de desconfiança e tensionamento político.
Segundo apurações e documentos anexados à Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE), o Partido Avante registrou candidaturas femininas fictícias — entre elas Jaqueline Ferreira Gomes e Gleide Silva dos Santos — apenas para simular o cumprimento da cota de gênero exigida pela legislação eleitoral.

As supostas candidatas não realizaram campanha, não movimentaram recursos e fizeram propaganda em favor do então candidato Reginaldo dos Santos Silva, presidente do Avante e principal beneficiado pela fraude.

A juíza Larissa Padilha Roriz Penna, da 056ª Zona Eleitoral de Iranduba, reconheceu a fraude e determinou a cassação dos mandatos de Reginaldo dos Santos Silva, Bruno Lima e Raimundo Carneiro, além da inelegibilidade por 8 anos de Reginaldo, Jaqueline e Gleide.

🧩 Outros investigados no processo
Além dos principais envolvidos, o processo também menciona como investigados e partes correlatas:
- Mirleide Nancy de Souza Sampaio
- André Gomes da Silva
- Agnaldo Oliveira da Silva
- Cleuson Carneiro de Oliveira
- Reiver Afonso Santos da Costa
- Ricardo Vasconcelos dos Santos
- Maria Cecília de Almeida Marques Bernardo
- Kelison Dieb da Silva
- Erlanio Pereira de Melo
- Lilian Souza Paiva
- Mychell Max Souza Lopes (registrado como Mychell Max Souza Sá Silva)
- Pedro Grijo dos Santos Neto
- Sonia Santos Monteiro
- Yago Albuquerque Brandão
- Partido do Movimento Democrático Brasileiro (MDB)
O requerente é Anderson Kenneth Santos Belfort, representado pelo advogado Deyvison Souza Brito (OAB 9366/AM).
Os advogados que atuam na defesa dos investigados incluem José Raimundo Monteiro da Silva (OAB 9490/AM), Diego Marques Ribeiro (OAB 17250/AM), José Fernandes Neto (OAB 8257/AM), Ananda Fernandez Amorim (OAB 14590/AM) e Daniell Amorim Franco (OAB 16505/AM).

🗳️ Os bastidores políticos
Nos corredores da política local, comenta-se que Eudes Fernandes, eleito vereador em 2020, teria feito um acordo com o então prefeito eleito Augusto Ferraz para assumir uma secretaria municipal.
Entretanto, Ferraz teria prometido a mesma pasta a outro aliado. Após ambos serem eleitos, Ferraz negou o cargo prometido, o que levou Eudes a adotar uma postura mais fiscalizadora e crítica ao Executivo — vista como retaliação política por parte do governo municipal.
Em 2024, Eudes não conseguiu se reeleger e, segundo relatos de bastidor, teve até a renovação do alvará de sua drogaria negada por determinação política.
A ironia é que a decisão judicial que o beneficiou agora atinge vereadores que, embora eleitos pela oposição em 2020, jamais se comportaram como tal, como Bruno Lima e Disney Cunha.
Já Raimundo Carneiro, servidor do Hospital Hilda Freire, que lutou por anos para conquistar um mandato, perdeu o cargo por conta de fraude partidária alheia à sua atuação individual.
💬 A lição que fica ⚖️
A cassação de vereadores em Iranduba revela que alianças baseadas em conveniências políticas podem resultar em consequências duras e duradouras.
Mais do que a perda de mandatos, o caso ensina que a integridade partidária e o respeito à lei eleitoral são pilares indispensáveis para quem almeja representar o povo com legitimidade.
👉 E você, o que pensa sobre esse caso e os bastidores da política irandubense?
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