Em uma coletiva de imprensa, o ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou estar investigando as origens do que considera irregularidades no processo eleitoral. Ao lado de seu advogado, Bolsonaro questionou a atuação de Alexandre de Moraes, ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que, segundo ele, tem mostrado parcialidade não apenas durante as eleições de 2022, mas também em decisões anteriores, como em 2018. Segundo Bolsonaro, Moraes tomou ações que favorecem diretamente o Partido dos Trabalhadores (PT) e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sem dar espaço para contestação ou apresentação de provas contrárias.
Bolsonaro afirmou que recebeu proibições para realizar lives e de apresentar vídeos como provas, os quais, segundo ele, expõem ações prejudiciais e inverídicas de Lula. Ele argumenta que tais decisões indicam uma postura parcial do TSE, que, de acordo com o ex-presidente, tem tomado partido a favor do PT. Um dos pontos levantados por Bolsonaro foi o investimento público para que jovens de 16 e 17 anos pudessem tirar o título de eleitor de última hora, resultando em aproximadamente 3 milhões de novos eleitores que, segundo ele, não teriam experiência política suficiente e que votaram em Lula, favorecendo-o nas eleições.
Além disso, Bolsonaro questionou o fato de Alexandre de Moraes acumular as funções de investigador, parecerista, juiz e condenador, em um processo que considera viciado e conduzido por uma única autoridade. O ex-presidente mencionou, ainda, um áudio de um juiz auxiliar que, segundo ele, comprova a irregularidade do processo.
O impacto das ações de Moraes teria alcançado também outras figuras públicas e empresas, como a rede de lojas Havan, do empresário Luciano Hang, e a plataforma X (anteriormente Twitter), de Elon Musk. Em resposta, os Estados Unidos acionaram órgãos internacionais para examinar as ações de Moraes contra a X, assemelhando-as a intervenções anteriores no Brasil.
Com essa coletiva, Bolsonaro reforça seu discurso de que busca esclarecer o que, em sua visão, foram ações parciais e prejudiciais durante o processo eleitoral de 2022. A investigação, como ele afirma, é sua prioridade para “expor o sistema” e restaurar o que considera ser a transparência e a imparcialidade no país.
